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Abaixo-assinado é feito por candidatos pedindo anulação do concurso da PM

Os candidatos que prestaram ao concurso da Polícia Militar de Minas Gerais reclamaram de desorganização e levantaram um abaixo-assinado para solicitar ao Ministério Público Estadual (MPE) o cancelamento das avaliações realizadas nesse domingo (2) em Belo Horizonte.

O segundo maior concurso já realizado pela PM, com 101.604 inscritos não teve nenhuma empresa contratada para a aplicação das avaliações, e as provas foram elaboradas exclusivamente pelos militares.

Em comunidades sobre o concurso, criada por inscritos, os candidatos relatam problemas como a falta de folha de rascunho para redação, demora para a entrega das provas, escolas fechadas, locais de testes alterados em cima da hora, questões com diversos erros, avaliações recolhidas antes do horário previsto em edital, entre outras reclamações.

Um dos membros da comunidade, que não terá o nome divulgado, disse que nunca fez uma prova tão desorganizada. “Bateu o sino e ainda não tinham entregado a prova para todos, não havia rascunho para cálculo de matemática e para a redação. O pessoal da minha sala não teve a autorização para usar o comprovante de matrícula como rascunho. Já ouvi vários dizendo que utilizaram, diversas pessoas que saíram com a prova e outros não”, afirmou.

Polícia Militar de Minas Gerais / Foto:gazetadearacuai.webnode.comPolícia Militar de Minas Gerais / Foto:gazetadearacuai.webnode.com

Segundo a assessoria de imprensa do MPE, vários candidatos já entraram em contato com a Promotoria de Patrimônio Público perguntando informações sobre como registrar reclamações. Até a tarde desta segunda (3), nenhum documento tinha sido entregue ao órgão ainda.

A petição online para o cancelamento da prova já contava com 2,5 mil assinaturas, até as 15h desta segunda, denunciando ao MPE a falta de transparência e de fiscalização pela banca do Centro de Recrutamento e Seleção (CRS).

Outro problema relatado pela petição foi o direito a um rascunho para a redação, o que não foi cumprido. Alguns candidatos afirmam que foram autorizados a fazer o esboço do texto no verso de uma folha da prova, enquanto outros não tiveram a mesma oportunidade.

“Outra falha foi que enquanto em alguns locais os participantes eram proibidos de usar quaisquer tipos de material para desenvolver a sua redação, em outros foram utilizadas até folhas de cadernos de outros colegas que foram trocados entre alunos. Houve ainda comunicação entre os Policiais Militares que estavam aplicando o exame e alguns candidatos”, consta no ofício.

Segundo a assessor de imprensa da Polícia Militar, major Gilmar Luciano dos Santos, todos os itens do edital do concurso foram cumpridos. “Sobre qualquer problema de administrativo, o candidato poderá ir até o Centro de Recrutamento e Seleção (CRS), no bairro Prado, para formalizar a reclamação. Todas as outras questões que levarem a nulidade do concurso, como local errado ou impedimento de fazer a prova, só mediante ordem judicial direta ou Ação Civil Pública (ACP), movida pelo Ministério Público”, informou o militar.

Com Hoje em Dia



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