Menu

Morador tem carro riscado e manchado durante 'panelaço' contra Dilma

Após o “panelaço” feito na noite do último domingo, 8, durante o pronunciamento em rede nacional da presidente Dilma Rousseff, que anunciou a sanção da lei do feminicídio na ocasião, o psicanalista Rafael Paiva, de 30 anos, morador do bairro Santo Agostinho, na região Centro-Sul de Belo Horizonte, encontrou o seu carro arranhado e manchado por tinta na manhã da segunda-feira, 9.

Carro de Rafael foi arranhando durante panelaço / Foto: DivulgaçãoCarro de Rafael foi arranhando durante panelaço / Foto: Divulgação

O psicanalista conta que o motivo do vandalismo pode ter sido o fato de ele ter um adesivo de campanha da presidente, com os dizeres “Coração Valente” em seu veículo. “Ontem (8) foi muito difícil, porque estava tendo muita gritaria aqui na região durante o pronunciamento, gente batendo panela, gente gritando 'fora Dilma', alarme de carro disparando, foguetório. Mas o que me incomodou mesmo foi gente chamando a presidente de vaca, de vagabunda, isso em pleno Dia Internacional da Mulher”, conta.

Rafael diz que por isso começou a rebater os xingamentos da janela de seu apartamento, dizendo que aquilo era machismo. “Quando eles começaram a gritar ‘sua vaca’, sua ‘vagabunda’, a gente começou a gritar em resposta, dizendo 'isso é machismo', 'não passarão'. “A gente ficou meio afetado com isso, né, dia 8 de março sabe, ter que ouvir as pessoas gritando essas ofensas é meio difícil”, diz.

Uma mancha de tinta foi encontrada na lateral do carro / Foto: DivulgaçãoUma mancha de tinta foi encontrada na lateral do carro / Foto: Divulgação

Passada a gritaria, Paiva conta que foi dormir e ao procurar o carro na manhã da segunda, na frente do prédio, o encontrou riscado no capô com os dizeres “Terrorismo não é valentia, fora Dilma”. Além disso, uma enorme mancha de tinta branca estava do lado direito do veículo. “Parece que riscaram aquilo com pregos, não sei como vai ser o conserto, acho que vão ter que trocar o capô”, conta.

O carro de Rafael deve ser consertado pelo seguro. Ele fez o registro do boletim de ocorrência nesta segunda-feira para tentar localizar o suspeito, mas também para requerer ao seguro o conserto do veículo. Pelas imagens da câmera de segurança do prédio não foi possível identificar o autor do crime.

Pelo Código Penal brasileiro, no artigo 163, é considerado crime “destruir, inutilizar ou deteriorar coisa alheia” sob pena de um a seis meses de detenção ou multa. Segundo o professor de Direito da PUC São Gabriel Rodrigo Almeida Magalhães, a pessoa que sofreu o dano tem até seis meses depois da identificação do autor do crime para propôr a ação de iniciativa privada, que prevê sanção penal - detenção - e cível - indenização por perdas e danos.


Com O Tempo



Publicidade

O SeteLagoas.com.br utiliza cookies e outras tecnologias para melhorar a sua experiência!
Termos