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Minas só perde para São Paulo no número de mortes no trânsito no país

Belo Horizonte é a terceira capital com maior número de mortes ao volante per capita, atrás de Recife e Fortaleza. E Minas Gerais é o segundo Estado em número absoluto de óbitos no trânsito, atrás apenas de São Paulo. Os dados são do Retrato da Segurança Viária no Brasil, relatório divulgado nessa quarta, 18, pelo Observatório Nacional de Segurança Viária, ONSV, e a Falconi Consultores de Resultado, que analisa estatísticas de 2001 a 2012.

Se a segunda posição de Minas, com as 4.623 mortes em 2012, se deve à grande malha viária (tanto que o Estado não figura nem entre os dez maiores em números relativos) a capital mineira possui uma estrutura que justifica o alto índice de acidentes e mortos dentro de seu perímetro. “Há uma grande quantidade de rodovias que atravessam a cidade”, destaca Paulo Guimarães, responsável pelo setor de pesquisa e desenvolvimento do ONSV.

Minas é o segundo estado com mais mortes no trânsito / Foto ilustrativa: Setelagoas.com.br Minas é o segundo estado com mais mortes no trânsito / Foto ilustrativa: Setelagoas.com.br

“Nós temos o problema do Anel Rodoviário, uma rodovia que passa dentro da cidade, em área vastamente habitada, onde motoristas de estradas encontram motoristas da cidade, potencializando riscos. Acredito que quando o projeto do Rodoanel estiver pronto, a situação deverá melhorar”, acrescenta o especialista em segurança no trânsito Marco Aurélio Pereira.

O relatório levou em conta dados de várias origens, como o Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde, Datasus, Departamento Nacional de Trânsito, Denatran, e Organização Mundial da Saúde, OMS. “O que fizemos foi reunir todas essas fontes de dados”, explica Guimarães.

As mortes nas estradas e ruas brasileiras chegaram a 45.689, em 2012. Isso dá uma morte a cada 12 minutos. Em 2001, foram 30.723 óbitos. O salto é de 48,7%, equivalente a mais 453.779 vítimas ao longo dos 11 anos analisados. “Em linhas gerais, esse dado se deve à evolução da frota de veículos e ao próprio crescimento econômico, que altera a antiga rotina casa/trabalho para um maior fluxo, que envolve trabalho, escola, compras, lazer”, analisa Guimarães.

Com malha rodoviária de 1.691.552 km, o Brasil é o quarto país em número absoluto de mortes por trânsito, atrás apenas de China, Índia e Nigéria, segundo último relatório das Organização das Nações Unidas, relativo ao ano de 2010. O país será sede da Segunda Conferência Ministerial Global pela Segurança Viária, em novembro deste ano, quando deve apresentar os principais avanços na redução do número de óbitos e feridos no trânsito.


Com O Tempo



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