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Belo Horizonte reforça a equipe de funcionários contra chikungunya e dengue

A prefeitura de Belo Horizonte começou a executar o plano de contingência que vai contratar 198 profissionais de saúde para prevenção e atendimento de doenças endêmicas, dentre elas a chikungunya e a dengue. Alguns novos contratados já começaram a trabalhar. O custeio da ação aos cofres públicos será de R$ 450 mil por mês, repassados pela Secretaria de Estado de Saúde, SES.


Mosquito transmissor da dengue e chikungunya / Foto: GoogleMosquito transmissor da dengue e chikungunya / Foto: Google

Serão contratados 90 técnicos de enfermagem, 57 agentes de combate à endemia, 27 enfermeiros e 27 médicos. Todos profissionais receberam treinamento específico para a identificação da dengue e chikungunya.

Os novos contratados vão se juntar aos mais de 14 mil profissionais que já trabalham na atenção de saúde primária da capital. Os profissionais irão atuar no período chuvoso, o ponto mais crítico em relação à infecção da doença.

Coordenadora estadual do Programa de Controle Permanente da Dengue da SES, Geane Andrade destaca a importância desses profissionais capacitados para o correto diagnóstico das doenças. “A dengue tem sintomas muito parecidos com a chikungunya, por isso é muito importante que o diagnóstico seja feito corretamente, para que possamos identificar com clareza onde estão os locais com mais casos. Além disso, (o reforço) é muito importante para o próprio paciente, para que ele receba o tratamento correto. Quem tem chikungunya precisa de cuidados diferentes do paciente da dengue”, explicou.

Apesar da dengue ter índice de mortalidade menor, a febre causa nos pacientes fortes dores de articulação – que podem durar anos – demandando mais do sistema de saúde.

Minas Gerais vai contar até o fim do ano com 22 médicos espalhados por todas as 13 regionais de saúde, voltados para a prevenção a doenças endêmicas. “Eles vão atuar dando treinamento aos profissionais das unidades básicas de saúde dos municípios, de forma que sejam multiplicadores do conhecimento sobre como atuar com doenças endêmicas. O treinamento poderá ser feito de duas formas. O município interessado pode marcar uma data específica para que o médico-referência vá ao local e faça um treinamento para todos os profissionais interessados, mas ele também irá fazer uma capacitação mais individualizada, indo às unidades de saúde onde os médicos atuam”, explicou a coordenadora estadual do Programa de Controle Permanente da Dengue.

Os sintomas da febre chikungunya são semelhantes aos da dengue. A principal diferença é que a febre provoca dores nas articulações bem mais fortes que as da dengue e pode causar artrites crônicas, que podem permanecer por anos, mesmo após a eliminação do vírus da doença.
Tanto a dengue como a febre chikungunya começam com febre alta, acima de 39°C. Os demais sintomas aparecem somente depois. Os pulsos são o local onde as dores atacam mais frequentemente. A fase crítica que o paciente sofre mais é durante sete e dez dias. Assim como a dengue, não há tratamento específico para a doença.

Ao contrário da dengue, são raros os casos de morte de febre chikungunya. O mosquito Aedes aegypit, transmissor da dengue, também é o vetor da chikungunya. Porém, o vírus da febre pode ser transmitido por outra variedade de mosquito, o Aedes albopictus.

Em Minas Gerais 80% dos municípios apresentam foco de pelo menos uma das duas espécies de mosquitos. Belo Horizonte já teve dois casos suspeitos de febre chikungunya em 2014. Em ambas as situações foram descartadas após exames feitos pela Fundação Ezequiel Dias, os pacientes tinham viajado para áreas com a presença do vírus.

Em relação à dengue, foram 2.855 casos registrados conforme último balanço divulgado pela Secretaria Municipal de Saúde em 30 de outubro. A regional com maior incidência é a Oeste, com 687 confirmações, seguida pela Noroeste 471.

Com O Tempo



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