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Minas Gerais registra mais de 43 mil casos de dengue e 37 mortes

A epidemia de dengue que atinge Minas Gerais apresenta números cada vez mais alarmantes. Segundo balanço divulgado nesta quinta-feira, 4, pela Secretaria de Estado de Saúde, SES, pelo menos 37 pessoas morreram vítimas da doença, somente nos três primeiros meses deste ano. Neste período, foram confirmados 43.119 casos. O número já é quase o dobro do registrado durante todo o ano de 2012, quando foram 22.105. Outros 165.845 foram notificados e estão sob investigação, contra 46.681.

O número de mortes mais que dobrou com relação ao ano passado / Foto: Flávia Cristini/G1O número de mortes mais que dobrou com relação ao ano passado / Foto: Flávia Cristini/G1

Em relação às mortes, o número mais do que dobrou, em comparação com 2012, quando 18 pessoas morreram em decorrência da doença. Neste ano, os 37 óbitos ocorreram nas cidades de Uberaba (10), Montes Claros (3), Uberlândia (2), Carangola (1), Ituiutaba (2), Teófilo Otoni (2), Muriaé (2), Belo Horizonte (2), Frei Gaspar (1), Buritizeiro (1), Ipanema (1), Pirapetinga (1), Pirapora (1), São Geraldo do Baixio (1), São João da Ponte (1), Campos Altos (1), Contagem (1), Sete Lagoas (1), Itaúna (1) e Pedro Leopoldo (1).

O número de mortes pode crescer. Em Santa Luzia, na região metropolitana da capital, a morte do garoto Diego Lennon Gonçalves Barbosa, de 4 anos, com sintomas de dengue hemorrágica está sendo investigada. Morador do Palmital, Diego deu entrada no PA do bairro São Benedito em 25 de março, com problemas respiratórios, onde foi diagnosticado com bronquiolite e medicado. Segundo o diretor administrativo do PA, Rodrigo Inácio Alves Gazeto, no dia 26, o garoto apresentou de sintomas de dengue hemorrágica, o que resultou em sua transferência para o Hospital Infantil João Paulo II, na capital, onde morreu. Os exames que irão confirmar se o garoto faleceu em decorrência da forma hemorrágica da doença será realizado na Fundação Ezequiel Dias (Funed).

Negligência

Apesar do avanço da doença em todo o Estado, um dos principais vilões para a proliferação do mosquito transmissor da dengue tem recebido pouca atenção, pelo menos na capital. O acúmulo de lixo e entulhos, combinado com as chuvas do último final de semana, transformaram os lotes vagos da cidade em ambientes propícios para o desenvolvimento de larvas do mosquito Aedes aegypti.

Mesmo assim, a Superintendência de Limpeza Urbana (SLU) informou que não há plano específico para intensificar os trabalhos de limpeza nos locais. Segundo o órgão, nos dois primeiros meses deste ano, foram realizadas 5.940 inspeções, que resultaram em 1.657 autuações. Já, em 2012, foram 44.166 vistorias, média mensal quase 30% superior à registrada em 2013.

Nesta quinta-feira, 4, o governador Antonio Anastasia se reuniu com integrantes do Comitê Gestor Estadual de Políticas de Enfrentamento à Dengue. Na reunião, foi discutida a situação da doença no Estado e apresentado um balanço das medidas já adotadas para combate à doença. Também foram anunciadas novas ações para enfrentamento do quadro atual.

Com informações de Hoje em Dia



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