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Com movimento acima da expectativa carnaval de BH será reavaliado

O boom do Carnaval belo-horizontino surpreendeu foliões, os próprios blocos e a prefeitura que, ontem, reconheceu que é preciso rever a estrutura da folia para o próximo ano. Uma série de reuniões será agendada para o início da próxima semana, entre os envolvidos nos eventos para um balanço.

A estrutura para o Carnaval da capital foi montada para 150 mil foliões - previsão baseada nas informações passadas por alguns blocos -, mas, segundo a Empresa Municipal de Turismo de Belo Horizonte (Belotur), este número triplicou e deve ter alcançado a marca de 500 mil pessoas.

"O aumento do público não é ruim. Isso é ótimo, mas precisamos avaliar melhor as questões de segurança, limpeza e trânsito, para que tudo corra bem. O Carnaval será fortalecido em parceria com os blocos", afirmou o diretor de desenvolvimento e novos negócios da Belotur, Gelton Coelho.

A prefeitura irá convocar não só os 72 blocos que se cadastraram, mas todos os demais que saíram nas ruas, além da Polícia Militar, a Empresa de Transporte e Trânsito de Belo Horizonte (BHTrans) e o Serviço de Limpeza Urbana (SLU).

Muito lixo foi acumulado por causa do grande movimento nas ruas / Foto: Vera GonçalvesMuito lixo foi acumulado por causa do grande movimento nas ruas / Foto: Vera Gonçalves

Uma das surpresas deste ano foi o bloco Baianas Ozadas que, na última segunda-feira, 11, esperava receber 500 pessoas, mas chegou a levar 11 mil para as ruas da capital. "De última hora, solicitamos mais pessoas à SLU e alteramos a rota inicial do bloco, para causar menos transtornos", disse Coelho.

Na quarta-feira de cinzas o último bloco a sair foi o Manjericão. Segundo a Belotur, foi necessário deslocar mais 26 banheiros químicos, além dos 19 previstos inicialmente, para bairro Santa Tereza, na região Leste da cidade.

A produtora do bloco Baianas Ozadas, Renata Chamilet, concorda que é preciso rever o Carnaval. "Não temos como impedir que blocos menores ocupem locais públicos, não há como controlar todos os foliões. Descobrimos que a cidade quer os blocos de rua. Só precisamos corrigir os problemas", avaliou.

Para a administradora de empresas Rosália Tanure, 55, moradora do Santa Tereza, faltou organização. "A prefeitura tem que dar uma estrutura melhor. Existiam filas quilométricas nos banheiros, isso não é certo nem higiênico. Foi muito bom, mas que fique a lição para melhorar".

A limpeza das ruas pós-festa deve ser um dos principais pontos reavaliados. A Lei Municipal 10.534/10 prevê cobrança por esse serviço em casos de eventos que não são organizados pelo município, e que ultrapassem 2.000 pessoas. Até esse limite, os eventos são considerados como manifestações culturais e os produtores não precisam pagar a taxa extra.

Segundo Coelho, os blocos que receberam apoio financeiro da cidade foram dispensados do pagamento, mas aqueles que já sabiam que teriam um número mais elevado ou que receberam patrocínio pagaram a taxa, de acordo com a expectativa inicial de público.

Com informações de O Tempo



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