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Entrevista: Reitor do Unifemm destaca avanços em 2012 e projeta investimentos nos próximos cinco anos

A frente da reitoria do Centro Universitário de Sete Lagoas, Unifemm, que conta hoje com aproximadamente cinco mil alunos, Antônio Fernandino de Castro Bahia Filho, apresentou resultados de 2012. Em conversa informal com jornalistas, Bahia afirmou que é um grande desafio das instituições de ensino lidar com a velocidade da informação, com internet à mão de vários alunos. Consciente do poder de transformação da educação ele aponta as áreas que vão receber mais investimentos nos próximos anos para que a instituição acompanhe a demanda do crescente mercado de trabalho de Sete Lagoas, acompanhe.

Reitor do Unifemm, Antônio Bahia, está otimista com investimentos para os próximos anos / Foto: Marcelo PaivaReitor do Unifemm, Antônio Bahia, está otimista com investimentos para os próximos anos / Foto: Marcelo Paiva


SeteLagoas: Como o Unifemm enxerga o crescimento da oferta em instituições de ensino na cidade?

As instituições deixam a concorrência saudável porque eleva a qualidade de ensino por causa da formação que se dá ao processo de aprendizado. Na questão negocial, de preços, às vezes, trabalha contra a questão da qualidade, isso também é um viés que existe dentro da concorrência. Mas é sempre muito bom ter esse concurso de instituições.

SeteLagoas: Hoje temos na região aproximadamente 35 instituições oferecendo mais de 110 cursos de graduação, houve um “boom” nessa área, qual o motivo?

Esse “boom” é até simples de entender. Se você olhar 7,8% da população brasileira tem curso superior, é muito pouco. Então nesse processo de desenvolvimento do Brasil há um recebimento, cada vez mais, de pessoas que tem formação técnica e superior. Então quando o Brasil está importando engenheiros, por exemplo, reflete em um descasamento entre crescimento brasileiro e crescimento educacional. E esse tempo que foi perdido é um senhor desafio para ser vencido, por isso há uma demanda crescente e estamos atentos ao mercado.

SeteLagoas: Recentemente tivemos a inauguração da fábrica de locomotivas aqui na cidade. A direção quer explorar a mão de obra local. Como fazer para suprir essa demanda, cada vez mais crescente em Sete Lagoas?

Uma coisa que a gente tem muita preocupação, é o seguinte. Se você olhar quando vem uma indústria do porte da Caterpillar, da Iveco, você tem uma cadeia de fornecedores. Como são empresas amplas essa cadeia começa a ter diferentes demandas de formação. Não só de pessoas da produção, mas também, por exemplo, uniformes e a parte de adequação aos padrões de qualidade. Então isso gera um movimento de formações de pessoas em determinada direção. Sempre ouvimos empresas diferentes quando abrimos um determinado curso, quando acontece é porque houve um mecanismo forte de escuta. Já conversamos com a Caterpillar para fazer a prospecção da mão de obra que eles vão demandar, tipo de formação. Aí é um novo desafio para ajustar a demanda e prospectar para o futuro.

SeteLagoas: Como o Senhor enxerga no Unifemm a questão da tecnologia? A informação hoje é muito rápida por causa de celular com internet. Como equilibrar essa questão com a sala de aula?

Essa é uma questão que acho que todos nós estamos aprendendo. A nossa experiência aqui é mais positiva do que negativa. A gente corrige o que não está bom através de vários sensores e medimos aquilo que está sendo negativo ou positivo. E as experiências positivas, como divulgação de conteúdo na internet através de facebook, estamos fortalecendo para que possamos sempre nos aperfeiçoar e ficar de acordo com esse público em um meio que veio pra ficar que é a internet. 

Antônio Bahia falou ainda que é real e concreta a possibilidade de a instituição oferecer um curso de medicina. Segundo ele o Unifemm vai apresentar, no primeiro semestre de 2013, um projeto do curso para análise do Ministério da Educação. Na proposta, o Campus seria adequado com laboratórios complexos e uma ampla estrutura em hospitais e unidades de saúde da cidade para viabilização do projeto. Atuando também na formação escolar da 1° a 3° série, o centro universitário anuncia, também para o primeiro semestre do próximo ano, a extensão do colégio que vai formar alunos também da 6° à 9° série. Bahia finalizou informando que nos próximos cinco anos os maiores investimentos da instituição serão na área da saúde, engenharia e com prioridade na área de Tecnologia da Informação.

Por Marcelo Paiva



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