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Ônibus de Sete Lagoas começam readequação para novas normas do Inmetro

A partir do mês que vem os ônibus coletivos de todo o país vão operar com mudanças estruturais em suas frotas. A determinação foi divulgada nessa terça-feira pelo Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial, Inmetro e pela Associação Brasileira de Normas Técnicas, a ABNT. Segundo as novas regras está previsto que os letreiros dos ônibus
sejam feitos na cor amarela e que tenham no mínimo 15 centímetros. Outra medida a ser tomada é o destaque, também na cor amarela, dos de todos os desníveis dentro dos veículos (como por exemplo, os degraus) e das barras de apoio dos usuários. Ficarão de amarelo também as poltronas destinados a pessoas com necessidades especiais e com lugares reservados por lei. A escolha da cor amarela foi feita em função do fato de a mesma ser mais perceptível a pessoas que tenham problemas de visão.

De acordo com as novas regras, os donos de empresas de veículos devem se apressar, pois o prazo final para as alterações é até o dia 31 de julho, mas os veículos devem sair das fábricas com as modificações até o dia 18 de junho.  Caso contrário, a empresa poderá sofrer uma multa que vai de R$500,00 até R$2.500,00.

Segundo o responsável por uma das empresas de transporte da cidade, Roberto Samuel, parte da determinação já está sendo cumprida em 14 dos seus novos carros, porém a reestruturação total conforme as regras do Inmetro e da ABNT ainda serão feitas tendo em vista que todo o processo é demorado. “Nós atualizamos diversos modelos e vamos fazer as mudanças necessárias, porém, o prazo estipulado pelo Inmetro é curto e nem as fábricas responsáveis pelas mudanças devem saber ao certo como padronizar os ônibus”, explica Samuel. Ainda de acordo com o responsável pela empresa, o local já entrou em contato com a fábrica responsável pelos veículos para obter informações sobre “o padrão a ser seguido”, informa.

Para a estudante Monique de Almeida Castro, 23 anos, a mudança veio em boa hora, tendo em vista que a universitária é míope e tem dificuldades de enxergar o letreiro. “Infelizmente os míopes não conseguem enxergar os letreiros luminosos principalmente durante o dia. Ai a gente precisa da ajuda da pessoa ao lado para facilitar o contato com o ônibus”, relara Monique.

Falta de estrutura: Apesar da boa notícia veio junto com a divulgação, feita nessa semana, sobre a ampliação da frota de veículos de uma das empresa responsável pelo transporte, a Turí, os moradores da cidade reclamam das condições dos pontos de ônibus da cidade e também da falta de sinalização dos mesmo. È o que releva a dona de casa Edvânia Aparecida, moradora do bairro Boa Vista. Ela conta que por diversas vezes chegou a tomar chuva devido a falta de um abrigo para se proteger. “ No bairro todo a gente sente este problema, quando não é o sol é a chuva. Já cansei de me molhar por falta de um lugar para me esconder”, afirma. Outra que também sente a falta de uma marquise para abrigar os usuários do transporte na cidade é a técnica de enfermagem Rosilene Rodrigues. Ela relata que sempre pega ônibus na Avenida Norte- Sul e que geralmente é vítima do sol quente. As vezes tenho vontade de mudar de lugar e esperar do outro lado da rua”, desabafa.

Já no bairro da estudante Marília Alves, os problemas são ainda maiores, tendo em vista que além das falta de um abrigo, as maiorias deles não identificam a linha nem o local certo onde o ônibus deve parar. “Para uma pessoa que mora no bairro como eu é fácil, mas para quem é de fora fica difícil”, admite. Nossa equipe de reportagem entrou em contato com a Prefeitura, mas até o momento do fechamento desta matéria um parecer final não foi emitido. Informamos que a partir do pronunciamento do município voltaremos a abordar o assunto com os leitores.
 
 
 
 
 
 
 
Cintia Rezende



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