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O ano começa sem muitas perspectivas para o setor de ferro-gusa em Sete Lagoas

O segmento caminha a passos lentos após a crise mundial, e pelo menos na cidade, não tem dado mostras de recuperação. Para se ter uma idéia, até hoje não foi fechado o acordo da data base da categoria, que acontece sempre no mês de outubro de cada ano.

Depois de algumas reuniões, um novo encontro foi marcado para o próximo dia 12. O reajuste pedido pelo sindicato é o mesmo negociado com o setor automotivo: 6,4%. Porém o entrave na negociação é com relação ao piso salarial da categoria. O valor oferecido aos trabalhadores fica abaixo do novo mínimo que é de R$ 510,00. Se não houver acordo nesta última reunião, a discussão segue para o Tribunal de Justiça.

Outro problema que aflige os metalúrgicos na cidade é a situação das empresas Siderlagos e Veredas.
Trabalhadores das duas siderúrgicas estão há meses sem receber os seus salários, décimo terceiro e demais direitos,  conforme informações do Sindicato dos Metalúrgicos.
Na Siderlagos, o Ministério do Trabalho vai entrar com ação civil e coletiva, exigindo a reparação das perdas trabalhistas, inclusive com o pedido de bloqueio e indisponibilidade de bens dos sócios e da própria empresa, que segundo o sindicato local, demitiu 130 empregados sem ter dinheiro em caixa nem para a despesa dos exames demissionais, mas foi negociada uma medida que permitiu que os funcionários saquem o fundo de garantia e dêem entrada no seguro desemprego.

Na Veredas, foi acertado apenas a metade do salário de novembro, faltando ainda os meses de setembro, outubro e dezembro, e o 13º salário. Há uma proposta de pagamento parcelado, e cerca de 90% dos funcionários concordam em assinar, mas têm medo que não seja cumprido.

O Ministério Público do Trabalho propôs um termo de ajuste de conduta (Doc. número 000333.2009.03/0007) que prevê, entre outras penalidades, o pagamento de multa no valor de R$ 1 mil por funcionário, no caso de descumprimento. Porém o documento nem chegou a ser assinado pela empresa.
Até a semana passada, 4 das 19 empresas de ferro-gusa de Sete Lagoas ainda não tinham sido abertas desde que o preço da tonelada do produto caiu consideravelmente de US$ 850 para US$ 330, em apenas dois meses. Apenas três siderúrgicas continuam funcionando com capacidade máxima.



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