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Tapume do Teatro Redenção ganha grafite na III Virada Cultural

A III Virada Cultural realizada no último fim de semana, comemorou os 148 anos de Sete Lagoas. Dentre muitas atrações do evento, a intervenção cultural no tapume do Teatro Redenção chamou a atenção de quem passou pela Rua Monsenhor Messias.

Em 16 horas de trabalho, o artista plástico Bruno Lanza juntamente com os amigos Sérgio Lanza, Lucas Lanza, Marcela Campolina, Nilton, Beth, Carol, Júlia e Bernardo Alves retrataram através do grafite a história do teatro e do Mercado Central.

Intervenção cultural muda cenário do tapume do Teatro Redenção / Foto: Bruno LanzaIntervenção cultural muda cenário do tapume do Teatro Redenção / Foto: Bruno Lanza

Para a realização do desenho o artista fez inúmeras pesquisas sobre o local, através de registros, depoimentos de comerciantes e moradores antigos da região. O grafite conta a história de mais de 100 anos atrás, quando o espaço serviu de ponto de tráfico de escravos, no final do século XIX.

A intervenção começou na retirada de cartazes publicitários que deixava o local totalmente poluído, depois foi feita a pintura uniforme para receber o desenho da libertação do povo escravo.

Cartazes poluem região central de Sete Lagoas / Foto: Bruno LanzaCartazes poluem região central de Sete Lagoas / Foto: Bruno Lanza

“A minha vontade mesmo era que não tivesse tapume nenhum ali, e que pudéssemos usufruir de um espaço tão lindo da cidade que é o Teatro da Redenção. Mas enquanto esse dia não chega, vamos preservar e cuidar da nossa cidade, que é o nosso maior bem. Produtoras de shows e eventos, empresas de publicidades, dentre outros veículos, parem de poluir nossa cidade, por favor!” Expressou o artista que além de se entristecer com a poluição, ficou horas retirando todo resíduo de cola do tapume.

Como a área pintada era pequena diante da história representada, Bruno Lanza deixa para a cidade o poema:

“De suor e sacrifício nasceu a redenção
Como carta de alforria
Espaço de libertação.
Virou nossa prefeitura, escola de música e balé
Na Lia Salgado
muita criança tocou e dançou até.
Tempos de glória, tempos de amor
Ainda teve o Zé Cabrito como ilustre morador
Terra de sorrisos, ventos de calor.
Quando ainda saiam à porta para dar um oi
Lá se vem, lá se foi
Devagar à vista chegava mais um carro de boi.
Movido a força, paixão e fé
Trazer verdura e galinha
Comprar queijo e café.
Viajantes e moradores contam seus causos no mercadão
Que já foi campo de pelada e já caiu até avião
Aqui tem de tudo, tudo feito de coração.
Dois espaços que se fundem, mais histórias que se unem
Riquezas de uma terra para este povo e para os que vêm
Mercadão e Teatro da Redenção:
Onde se faz e se cultiva o bem.”

Mais informações sobre o artista acesse o facebook (https://www.facebook.com/brunolanzailustrador/)


Por Tatiane Guimarães



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