Logo

Manifestantes fecham rua no Padre Teodoro e ateiam fogo em pneus

Insatisfeitos com a falta de asfalto, moradores do Bairro Padre Teodoro atearam fogo em pneus e fecharam o trânsito na Rua Carmem Kilesse, na manhã desta segunda-feira (29). A polícia estava presente para controlar a situação e os Bombeiros precisaram limpar o local.

O Corpo de Bombeiros foi acionado para apagar o fogo/ Foto: Alan JunioO Corpo de Bombeiros foi acionado para apagar o fogo/ Foto: Alan Junio

Os manifestantes reclamam da obra de asfalto que está parada desde o início do ano e do descaso dos órgãos públicos com o Bairro. Eles ficaram sabendo por meio de pessoas da firma responsável, que o projeto era para asfaltar só metade da avenida. Afirmaram ter procurado a prefeitura, mas na falta de respostas resolveram chamar atenção de alguma forma.

Crianças seguraram cartazes durante a manifestação pedindo o asfalto/ Foto: Alan JunioCrianças seguraram cartazes durante a manifestação pedindo o asfalto/ Foto: Alan Junio

Representantes da prefeitura estiveram no local e conversaram com alguns manifestantes. Segundo o gestor de projetos da Secretaria Municipal de Planejamento, Orçamento e Tecnologia, Elto Sávio Rezende Dutra, o problema está na União já que o repasse não está sendo feito. Ao anunciar o recurso a ser gasto no local e o resultado da licitação uma das manifestantes ficou aterrorizada ao saber que a mesma empresa assumiria novamente a obra.

“O recurso que temos para gastar com vocês é três milhões e cem mil reais, nós fizemos uma licitação e quem ganhou inclusive foi uma empresa muito boa, chama Contorno, o pessoal trabalha direitinho”. Depois da manifestação contrária, continuou:

“ Essa empresa iniciou o serviço ano passado e fez inicialmente uns R$ 600 mil de serviço, porque não começa com o asfalto, primeiro você faz a drenagem das ruas, é o que estava sendo feito. Só que a gente mede a obra, é uma obra do Ministério das Cidades, é uma emenda. O deputado que pôs o dinheiro aqui chama Vitor Penido, a pedido do Márcio ele pôs três milhões aqui e dois no Verde Vale. O Verde Vale também está parado. Por que está acontecendo isso? Porque quando é uma emenda parlamentar quem paga não é o prefeito, é a presidenta da república, é a Dilma. Então o que está acontecendo, na primeira medição eles começaram a obra e pararam, ai o governo só foi pagá-los em Janeiro. Ai ele (a empresa) foi e voltou a obra. Ai mandou a medição para mim, R$ 300 mil, eu tinha R$ 400 mil e chegou a um milhão de reais. Eu tô devendo um milhão de reais e a Dilma não repassa o dinheiro. A empresa nos procurou e falou “é uma sacanagem, porque as ruas estão ficando bonitas, já fizemos a base, a drenagem e se não jogar o asfalto vamos perder o serviço todo’”, pontuou.

O site não teve acesso a nenhum documento que comprove que os repasses não estão sendo feitos pela União.

O gestor de projetos da Secretaria Municipal de Planejamento, Orçamento e Tecnologia, Elto Sávio Rezende Dutra, este presente junto com outros representantes da prefeitura para tentar amenizar a situação/ Foto: Alan JunioO gestor de projetos da Secretaria Municipal de Planejamento, Orçamento e Tecnologia, Elto Sávio Rezende Dutra, este presente junto com outros representantes da prefeitura para tentar amenizar a situação/ Foto: Alan Junio

No fim da conversa os manifestantes recusaram o convite do gestor para ir à prefeitura. “O prefeito quando foi a rádio disse, ‘nós vamos arrumar todas as ruas do Padre Teodoro’, ele tem que assumir o que falou. Nós não vamos ir a prefeitura atrás de vocês porque estamos cansados de ir lá, vocês vão vir em uma das nossas casas para nos dar uma solução. A gente para isso aqui, mas nós queremos uma solução”, pontuou a moradora que disse estar cansada de esperar uma resposta.

Elto Sávio lembrou que o prefeito está em Brasília tentando resolver a situação e que só amanhã (30) ele poderá dar uma resposta. Os representantes se comprometeram a voltar até a tarde desta terça com uma resposta.

Uma das organizadoras relatou que agora estão sofrendo com a poeira e muitos moradores reclamam de doenças respiratórias, mas que a pior época é quando chove. A Redação do SeteLagoas.com.br, acompanhada de um dos organizadores da manifestação, visitou as ruas do bairro e verificou que a situação é mesmo alarmante. Muita poeira, buracos, pó de brita e desorganização deixada pelo início das obras. Bueiros sem tampas são armadilhas presentes em quase todas as ruas, e já fizeram vítimas. Na semana passada uma criança se acidentou em um deles, na Rua Arcos.

Cristiane Cândido

Veja as fotos
do Bairro e da manifestação:




Cristiane Cândido



Publicidade

© Copyright 2008 - 2024 SeteLagoas.com.br - Powered by Golbe Networks