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Se para os mais novos Natal é sinônimo de presentes, religiões se voltam para lado histórico da data

Fraternidade, solidariedade, confraternização, partilha, reflexão, são algumas das características e significados que a igreja católica dá ao Natal, comemorado no dia 25 de dezembro. Mas para o pároco da Igreja do bairro Nossa Senhora das Graças, Warlem, o dia vai muito além do que uma data festiva. 

Padre Warlem reflete que “Natal é uma festa onde se vive o nascimento de Jesus, a festa da encarnação do verbo de Deus no nosso meio. É uma festa pra gente recuperar o sentido da vida. Da vida mais simples, o sentido da fraternidade, da solidariedade, da confraternização, da partilha, o sentido mais humano possível”, diz. 

Sobre o apelo comercial que a data carrega com troca de presentes e festas, o religioso reforça a tradição dos católicos em que se deve celebrar a vida. “A tradição por outro lado hoje faz o natal comercializado onde não se tem espaço para outra coisa a não ser vender e comprar. Mas o que não se vende? Não se vende partilha, não se vende solidariedade, amor, justiça, não se negocia o coração. Então é nesse sentido que a gente faz um contra ponto entre o natal em que a gente celebra a vida”, acredita.

Religiosos destacam lado histórico da data / Foto: Marcelo Paiva Religiosos destacam lado histórico da data / Foto: Marcelo Paiva

Diferentemente dos católicos, para os evangélicos o 25 de dezembro é um feriado como outro qualquer onde as famílias se reúnem e muitos sequer colocam adereços e enfeites em casa como é feito nos lares católicos. A origem pagã da festa é uma das justificativas dos evangélicos para o comportamento e a religião defende que o nascimento que o nascimento do filho de Deus deve ser lembrado todos os dias do ano, não somente em uma data específica. 

O pastor da Igreja Batista Central, Alcides Longo de Barros, afirma que “a felicidade a que se propõe a celebração do nascimento do Filho de Deus: é que em todos os 365 dias do ano, vivamos a realidade de vida, que Deus proporciona a todos que a Ele dá ouvidos”.

Pastor Alcides completa dizendo “a felicidade proposta por Deus , tendo-nos enviado o Salvador foi, para que reinasse a paz no seio da humanidade. Quantos natais já passaram? E nada de paz! Por que será? Está claro que o aniversariante não tem lugar nesta comemoração, como a mesma tem sido realizada”, prega.

Com forte presença na cidade, o congado também está inserido nas celebrações e várias casas, na madrugada do dia 24 para o dia 25, recebem a Folia de Reis para reviver a história do nascimento do menino Jesus. Os grupos visitam os presépios, cantam canções que lembram a história do nascimento do menino Jesus, e rezam junto com as famílias para celebrar a data.



Por Marcelo Paiva, Tatiane Guimarães e Nayara Souza



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