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Com dívida acumulada em R$10 mi UPAIII pode ter atendimento reduzido

O prefeito Marcio Reinaldo enviou novos ofícios para o Ministério da Saúde e para a presidente Dilma Rousseff informando a falta de repasses da esfera federal para atender os gastos do município com a Unidade de Pronto Atendimento, UPA III, Dr. Juvenal Paiva e para as equipes de estratégia de saúde da família. 

Desde março deste ano, 2014, quando a unidade foi inaugurada, a UPA já acarretou aos cofres do município uma dívida de dez milhões de reais, depois que a prefeitura optou por manter o atendimento com recursos municipais até que os repasses chegassem à cidade.

UPA III acumula dívidas / Foto: DivulgaçãoUPA III acumula dívidas / Foto: Divulgação

Segundo o prefeito Marcio Reinaldo, a unidade tem um custo mensal de 1,5 mi que deveriam ser custeados pelas esferas federal, estadual e municipal, o que não acontece. A contrapartida do município, que seria de R$600 mil, na prática hoje é o valor total, “o município banca sozinho”, protestou Reinaldo.

Em outubro o secretário de atenção a Saúde do Ministério da Saúde, Fausto Pereira dos Santos, informou que o ofício autorizando os repasses das esferas federal e estadual já havia sido assinado, e a expectativa era de que Sete Lagoas recebesse inclusive os valores retroativos, veja AQUI.

Contudo, segundo informou o prefeito em oficio enviado ao Ministério da Saúde, esses recursos nunca chegaram ao munícipio. Foi feito em novembro um único repasse no valor de R$250 mil, característico de UPA tipo I enquanto Sete Lagoas possui uma UPA tipo III.

O prefeito atribuiu a esse rombo nos cofres públicos a falta de recursos para cumprir com compromissos legais como o pagamento de salários, “afetando gravemente nossas finanças, tendo nos levado ao pagamento em atraso da nossa folha de pagamento e de nossos fornecedores”, revelou o prefeito em texto do ofício.

Reinaldo cogita inclusive diminuir o atendimento da UPA III que hoje funciona 24h. A unidade concentra grande parte do atendimento de Sete Lagoas e cidades da região desde que o Pronto Atendimento, PA Central foi fechado para ser transformado em um Centro de Imagem.

“Estamos em vias de ter que adotar medidas radicais as quais infelizmente, acarretarão na efetiva diminuição dos nossos atendimentos”, afirmou Reinaldo no ofício e ainda desabafou. “Sete Lagoas está sendo punida por ter buscado proporcionar aos seus cidadãos um atendimento de saúde com qualidade e eficiência”.

Por Nayara Souza.



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