O que seria apenas mais uma campanha de publicidade para Claudemildo Paulino, mais conhecido como Baiano, terminou em caso de Polícia e R$ 2 mil de prejuízo. Em 21 anos trabalhando no ramo de placas publicitárias foi a primeira vez que Baiano viu dois de seus outdoors serem serrados e jogados no chão. O empresário acredita que a mensagem da campanha tenha motivado os ataques.

Outdoor derrubado com moto-serra na rotatória do shopping / Foto: Marcelo Paiva

No cartaz depredado um grupo de atleticanos agradece ao time pela conquista recente da Copa do Brasil. “Parabéns Galo! A massa agradece pela luta incansável, pela raça e honra ao manto sagrado, mantendo assim, a ordem natural do futebol em Minas. #EuSeiQueVocêTreme”, diz a mensagem do outdoor.

Campanha traz mensagem de agradecimento ao Atlético pela conquista da Copa BR / Foto: Marcelo Paiva

“Se o cara vem aqui e picha a placa está dentro do manual do torcedor idiota, mas derrubar é sacanagem. Sou prestador de serviço e trabalho para qualquer pessoa e grupo, desde que pague o serviço. Na placa derrubada tem outro cliente que terei que arcar com o prejuízo”, desabafa Baiano que prefere não informar a quantidade de placas da campanha que ainda estão na rua com medo de mais prejuízos.

Dono das placas acionou PM para tentar identificar autores / Foto: Marcelo Paiva

O empresário informa que já registrou um Boletim de Ocorrência, BO, e que a polícia já está investigando com vigias de empresas da região na tentativa de identificar os autores do dano. “No ano passado quando o Atlético venceu a Libertadores fiz um serviço parecido e não tive problema. Isso é uma falta de respeito independente de torcida. Sou cruzeirense e vou negar o trabalho porque a peça é do Atlético? Claro que não”, conclui.

As placas derrubadas estão na Av. Sebastião de Paula Silva e na rotatória do Shopping Sete Lagoas. As peças foram coladas na última segunda-feira, 15, e na madrugada desta quarta-feira, 17, os vândalos, usando uma moto-serra, serraram os pés dos outdoors que são de eucalipto tratado e terão de ser refeitos.



Por Marcelo Paiva