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Em coletiva presidente do SAAE explica desabastecimento em bairros da cidade

Apesar da falta de água estar atingindo vários bairros da cidade o presidente do Serviço Autônomo de Água e Esgoto, SAAE, Marcos Joaquim Matoso, enfatizou que na cidade estão acontecendo problemas com causas pontuais e não uma repetição da crise de água vivenciada na cidade em 2013.

Segundo a autarquia o período de seca prolongado e a estiagem afetam o volume do lençol freático que abastece os poços tubulares o que prejudica o abastecimento em alguns bairros. Outros como o bairro do Carmo e Boa Vista sofreram, segundo Matoso, casos pontuais de queima de bomba, mas que o fluxo já está sendo restabelecido.

Matoso, presidente do SAAE e Ananias Castro, assessor de planejamento / Foto: Alan JunioMatoso, presidente do SAAE e Ananias Castro, assessor de planejamento / Foto: Alan Junio


Desde o decreto emergencial emitido durante a crise de água na cidade em 2013 a autarquia iniciou a perfuração de novos poços tubulares profundos e a intervenção em outros já existentes garantindo um aumento de vazão de 23%. O volume, contudo, “ainda não é suficiente para resolver o problema”, como admitiu Matoso que acredita que a solução depende da captação da água do Rios das Velhas.


A obra da captação está atualmente com 70% do total já concluída. “Sete Lagoas iria entrar em colapso, não iria conseguir sem a obra do Rio das Velhas com esse lençol (freático) abaixando”, destacou Matoso que ainda destaca “só a água do Rio das Velhas vai solucionar por muitos anos, mas não é uma solução definitiva”.


Uma reclamação constante da população é sobre a dificuldade de se conseguir informação quando há falta de água e também para solicitar serviços pelo atendimento no SAAE através do 115. O presidente disse existir esforços para mudar essa situação “Quando uma bomba queima estamos procurando intensificar a divulgação por meio de carros de som. A falta de informação atrapalha mais que a falta de água”, destacou.


Sobre o atendimento aos clientes Matoso explicou que o número de telefonistas responsáveis pelo 115 é reduzido e que a autarquia ainda não tem sistema de espera, por isso a demora ou até impossibilidade em atender as solicitações. O presidente também comentou as denúncias de sabotagem “sabotagem é muito difícil porque afeta todo mundo, seria como dar um tiro no pé”.


O atendimento dos caminhões-pipas também foi outro ponto debatido. Matoso assumiu que o SAAE não tem caminhões o bastante para atender a população em situações de crise, a autarquia possui três caminhões e tem encontrado dificuldade para alugar outros devido a grande demanda de falta d’água na cidade e em municípios vizinhos.


“O caminhão-pipa não é a solução ideal e em casos de crise optamos por dar prioridade a escolas, padarias e alguns bairros específicos”. Os bairros citados seriam aqueles que estariam maior período sem abastecimento.


Matoso também assumiu que o SAAE tem uma taxa de desperdício de água muito alta que deve superar os 50%, sendo que o aceitável é entre 20% e 30%. Em alguns casos o desperdício é mantido, segundo o presidente, porque o custo para corrigir o desperdício é maior se comparado ao das perdas.

 

Por Nayara Souza.



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