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Contratações já sinalizadas indicam boas perspectivas para Sete Lagoas em 2013

Grande parte da população está em busca de um emprego melhor ou mais rentável. Surgem ainda dúvidas do tipo “será que devo mudar de área?”, “uma nova graduação resolveria?”, “é melhor fazer uma especialização?”.

As dúvidas também reinam entre os jovens na época do vestibular, quando se vêem perdidos diante da necessidade de escolher uma profissão. O medo e a insegurança partem do princípio de investir tempo e dinheiro, que hoje são raros, em uma área que não seja promissora.

Segundo o estudo “Talentos - As profissões e o mercado de trabalho brasileiro entre 2000 e 2010”, produzido pela Brasil Investimentos & Negócios (BRAIN), áreas como medicina, engenharia civil e engenharia química estão mais aquecidas, com boas oportunidades e aumento significativo de salário nos últimos dez anos.

Já para profissionais das áreas de administração, ciências da computação, comunicação social, marketing e farmácia, houve queda nos salários devido a menor demanda do mercado.

De acordo com o diretor da Pesquisa da BRAIN, o economista André Sacconato, antes de gastar as economias fazendo a matrícula e pagando mensalidades, o jovem deve pesquisar o mercado e escolher uma opção entre aquelas profissões em destaque. O economista lembra ainda, que no Brasil, existe excesso de profissionais em algumas áreas, que já estão saturadas. Portanto, as chances desses profissionais ficam reduzidas.


Sete Lagoas terminou o ano com saldo positivo na geração de empregos / Foto: Juliana NunesSete Lagoas terminou o ano com saldo positivo na geração de empregos / Foto: Juliana Nunes


“Em Sete Lagoas a realidade não é diferente do cenário nacional”, é o que afirma Breno Borges, consultor de RH e especialista em Gestão Estratégica de Pessoas. “Como consultor minha avaliação é mais positiva em relação ao candidato do que para as empresas, considerando a quantidade de vagas em nossa cidade. Mas isto não quer dizer que todos estão empregados, ou empregados e satisfeitos”, completa Breno.

Em sua vasta experiência na área de recrutamento e seleção Borges observa que 60% das pessoas em Sete Lagoas estão em busca de uma melhor oportunidade e não de um emprego, na condição de desempregado.

Para Breno os desempregados em Sete Lagoas, na sua maioria, estão em processo de transição. “Isso porque se qualificou e está em busca de melhores oportunidades em áreas correlatas a sua qualificação ou no processo natural em que o candidato é demitido e fica cerca de dois a três meses a procura de uma nova ocupação”, conta.

Em se tratando do mercado na cidade e da disputa por uma melhor colocação Breno ressalta o amplo acesso aos profissionais dos municípios vizinhos de Sete Lagoas. Em sua empresa de recrutamento, por exemplo, 35% dos cadastros são de pessoas de outras cidades. “São candidatos de outros municípios próximos a Sete Lagoas que concorrem de igual para igual com os sete-lagoanos, transformando o município em quase 500 mil habitantes quando o assunto é vaga de emprego”, compara.

Para quem está em busca de uma nova colocação neste ano o especialista diz que as expectativas são boas. “Em uma análise geral, 2013 será um ano positivo para Sete Lagoas, considerando todas as perspectivas de contratações já sinalizadas por parte das indústrias no início de janeiro”.

No fim de 2012 a cidade registrou saldo positivo em criação de empregos. O Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego, registrou em Sete Lagoas a criação de 565 vagas em novembro de 2012, o que resultou na boa colocação do município no ranking estadual de geração de empregos dos municípios com mais de 30 mil habitantes, deixando a 12ª posição para ocupar o 4º lugar.

Em relação a média salarial da cidade Breno Borges acredita que está dentro do praticado em Belo Horizonte e outras cidades. Sobre a mão de obra barata ser um atrativo aos investidores, o consultor considera que “este paradigma iniciou na época em que o setor de gusa predominava, porque a mão de obra operacional exigia pouca qualificação técnica. Atualmente a realidade é outra. Sete Lagoas possui vários tipos de indústrias, com cargos e setores que jamais imaginaríamos dez anos atrás”, completa.

Para Breno a prova que Sete Lagoas não possui os piores salários é o próprio interesse de centenas de profissionais vindos de grandes capitais, onde os salários são maiores, mas o custo de vida é alto e a qualidade de vida não se compara com Sete Lagoas.

O consultor destaca que, para conseguir melhores colocações, o único caminho é a qualificação. “O mercado é, e sempre será, regulado pela demanda do melhor perfil profissional. Atualmente há inúmeras possibilidades de qualificação, grande parte delas é gratuita, requerendo apenas o esforço do interessado”.

“A insatisfação do profissional no mercado de trabalho é natural e saudável, isto é prova de que ele está em busca de algo melhor. Mas esta busca tem que ser acompanhada de preparação, planejamento e muito esforço”, pondera.

Segundo Breno, é necessário fazer uma revisão de sua carreira profissional e ver se você possui todas as competências e qualificações do profissional de sua área, que ganha os melhores salários e benefícios. Se já possui será uma questão de tempo para a conquista da sua melhor posição profissional. A dica do especialista é: “faça com que o mercado descubra e reconheça você administrando sua carreira”.

Para os desempregados ou “caçadores” de boas vagas o desafio é se manter ativo e preparado. O networking (rede de contatos) também é muito importante nesse momento. Na maioria das vezes, a indicação é mais valiosa na hora da seleção que a capacitação e experiência do candidato.

por Juliana Nunes



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