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Por que o atendimento no comércio de Sete Lagoas é tão ruim?

Muitas das pessoas que circulam pelo centro e que já precisaram de alguma coisa, ou aquelas que saem para fazer compras no comércio de Sete Lagoas, reclamam ou já reclamaram de algum atendimento mal feito. Para saber o grau de insatisfação do cidadão sete-lagoano com o comércio local o Sete Lagoas.com.br realizou uma enquete para avaliar o atendimento na cidade em geral. Para 43% das mais de 1000 participações o atendimento oferecido é de péssima qualidade. Para 22% dos participantes o atendimento é bom, e apenas para 5% das participações o atendimento é considerado ótimo.

Boa parte do comércio no centro da cidade está localizado na rua Monsehnor Messias e também na Emílio de Vasconcelos / Foto: Marcelo PaivaBoa parte do comércio no centro da cidade está localizado na rua Monsehnor Messias e também na Emílio de Vasconcelos / Foto: Marcelo Paiva

Várias possibilidades podem ser apresentadas para justificar o resultado da enquete. Vamos listar aqui apenas três, mas que explicam bem a avaliação negativa. A primeira delas é a alta oferta de vagas para vendedor no posto do Sine de Sete Lagoas. A coordenadora do UAI, onde está instalado o Sine, Gisela Mara, explica que um dos motivos é a grande rotatividade de profissionais no setor. “Muita gente que trabalha no comércio não tem perfil de vendedor e não se esforça para aumentar seu salário com as comissões oferecidas. Por isso procura outro serviço rápido”, alega.

Outra justificativa são os horários de trabalho para os profissionais do comércio. “Hoje em dia está difícil conseguir pessoas para trabalharem até sábado à tarde, ou até a noite, no caso do shopping. Isso dificulta a pessoa de conciliar o trabalho com o estudo. Aí acontece a opção por outra área”, diz Gisela.

E a terceira e mais agravante segundo a especialista em recolocação profissional são os salários oferecidos. “O vendedor tem um salário fixo, e são oferecidas comissões para aumentar os rendimentos. Como a pessoa não está motivada pelo salário que recebe não vai se esforçar para atender o cliente com qualidade”, resume Gisela.

A Câmara de Dirigentes Lojistas tenta reverter o quadro do mal atendimento com cursos aos comerciários / Foto: Marcelo PaivaA Câmara de Dirigentes Lojistas tenta reverter o quadro do mal atendimento com cursos aos comerciários / Foto: Marcelo Paiva

Para tentar driblar a desconfiança da população com o atendimento oferecido, a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), da cidade oferece várias opções de qualificação para os filiados da entidade. Umas das áreas em que a CDL tem intensificado os trabalhos, segundo o gerente executivo, Tarcísio Magalhães, é a de cursos profissionalizantes. “Os temas de "Qualidade no atendimento" e "Gerenciamento" são modalidades nas quais mais comerciários têm frequentado”, garante. 

Com vistas às Copas das Confederações, 2013, e do Mundo que acontece em 2014 no Brasil, a CDL atualmente trabalha em parceria com o Senac no projeto Pronatec Copa para uma postura mais proativa objetivada a otimizar a qualificação visando os grandes eventos esportivos.

Na visão da CDL, apesar dos números da enquete, o atendimento no comércio local vem melhorando gradualmente. “Talvez não em uma velocidade interessante a transformá-lo de imediato em modelo de competência, mas com os cursos de nossa grade de treinamentos estamos conseguindo mudar aos poucos essa visão de um péssimo atendimento oferecido”, afirma Tarcísio. 

O gerente finaliza confiante de que essa visão que vem ao longo dos anos de um ruim atendimento oferecido pelos comerciários está realmente mudando e garante que seguirá focado na necessidade de mais e mais cursos profissionalizantes voltados a melhorar o rendimento dos comerciários da cidade.

Por Marcelo Paiva



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