O juiz federal Flávio Roberto de Souza, que na terça-feira, 24, foi flagrado pelo fotógrafo do EXTRA, Rafael Moraes, dirigindo o Porsche Cayenne apreendido do empresário Eike Batista, classificou o fato como “absolutamente normal”.

Em entrevista à Folha de São Paulo, o magistrado diz que já havia comunicado ao Detran em ofício que o veículo estava à disposição do juízo, e que o automóvel não foi usado, apenas levado e trazido para o leilão.

Juiz dirigindo o carro do empresário / Foto: Rafael Moraes

O leilão de bens do empresário o qual seria nesta quinta-feira, 26, e que foi suspenso por ordem judicial, não tinha o carro de luxo utilizado pelo o juiz na lista de utensílios leiloados.

Ainda segundo o magistrado, não nomeou um depositário porque “não havia ninguém da minha confiança” e que “vários juízes fazem isso”. Quanto às críticas recebidas na rede social alegou que “quem comenta não sabe a verdade”. Ele acusou a defesa de se inspirar “na falácia e na fofoca”.

Na entrevista ainda informou que não voltará a dirigir o carro e negou ter feito o mesmo com outro réu. Contudo o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil do Rio de Janeiro, Felipe Santa Cruz, vai entrar com pedido de afastamento de cargo do juiz no Conselho Nacional de Justiça.


Com EXTRA